quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Líder que é líder sabe...

Atrair e manter talentos é desafio constante para empresas/empresários mais conscientes de seus papéis. A evasão de talentos para a concorrência costuma ser atribuída a ofertas de salários irrecusáveis e difíceis de serem cobertas.
Pode ser, mas não é tudo. O jeito de trabalhar conta, e muito, pois talentos funcionam melhor em ambientes mais favoráveis.
O papel do líder tem muito a ver com tudo isso.
Se ele está mais para chefe do que para líder, do tipo que vai dando ordens sem dizer o porquê; que, em vez de conversar, impõe sua autoridade; que vive esmiuçando partes insignificantes do trabalho, o tempo todo atendo-se ao como fazer, exigindo relatos de detalhes irrelevantes, sem mirar os resultados, tem reduzidas as chances de reter gente talentosa dentro da empresa.
Ao identificar os talentos de que dispõe, o verdadeiro líder sabe que não é o mero ajuntamento deles que vai assegurar o sucesso da equipe. Ele sabe que deve fazê-los sentir-se desafiados -- é o que dá motivação para as competências emergirem e serem demonstradas.
A par disso,o líder não será daqueles que gostam de colocar o cargo sempre na frente, de fazer valer o peso do crachá. Ao contrário, sabe argumentar sobre as razões de ordem estratégica e os objetivos perseguidos, e o fato de alcançá-los será sempre explicitamente reconhecido e destacado.

As mulheres diante de desafios constantes

Parece que ainda não chegou a hora de as mulheres deixarem de se preocupar com o que as outras pessoas pensam delas no ambiente de trabalho. Elas parecem estar, o tempo todo, à beira de serem depreciadas tanto por falta, como por excesso.
Vivem o dilema de ter de assumir uma posição mais defensiva (controlando ímpetos que seriam mais naturais), ou uma liderança explícita, com o risco de serem vistas como arrogantes, dominadoras -- em inglês, o agressivo bitch.
Não, não é mania de perseguição: pesquisas com participantes masculinos e femininos revelam que, em se tratando de mulheres, assertividade diminui as chances de contratação.
O campo em que elas têm de se comportar é, de fato, mais restrito. Logo, têm de aprender a moldar um tal jeito de se comunicar em que extremos para mais ou para menos devem ser evitados.
O caso não é de argumentar sobre a injustiça aí embutida -- tratam-se de desafios constantes à inteligência e à perspicácia feminina a serem encarados de frente.
Cada tipo de público -- associado a diferentes situações -- pede uma interpretação de parte da comunicadora que está diante dele. Cabe a ela saber calibrar sua fala para que as mensagens sejam bem recebidas, assimiladas e produzam o esperado.Quaisquer que sejam os públicos e situações importa ser ouvida com o menor ruído possível e o melhor estado de espírito.
Tudo a ver com o ditado: matar um leão por dia.

Distrações sem fim

A todo momento, vemo-nos interrompidos por aparatos tecnológicos de comunicação, a ponto de hoje termos desenvolvido alto grau de tolerância com relação à contínua interrupção de nossa atenção.
O esfacelamento de nossa capacidade de concentração e de memória, a demora crescente na execução de tarefas, bem como o comprometimento de sua qualidade, têm muito a ver com isso.
Em tese, é uma questão de permitir ou não que isso aconteça, de ligar ou desligar, conectar-se ou desconectar-se, exceto o fato de termos desenvolvido a crença de que não podemos viver sem as tecnologias de comunicação, onde trabalho e entretenimento se misturam.
E assim, submissos, vamos deixando o importante e o interessante (que pedem mais concentração) para o fim da fila, a eles reservamos o mínimo de tempo.
Está visto: alegremente, estamos deixando que essas tecnologias nos governem, em vez de utilizá-las como ferramentas, seja de trabalho ou de diversão, como reza a teoria.
O caso então é de fazer a reversão: exercitar a vontade em face desse ladrão de concentração, não se deixar levar por suas ondas, ter a mente de volta, diante dos apelos à desatenção, aplicando-a na resolução de tarefas, listando-as, priorizando-as e utilizando períodos específicos para cada uma delas.
Ver tudo e fazer tudo ao mesmo tempo (apelos para isso não faltam) é ate possível, mas querer que haja aí perfeição é outra coisa. Por uma questão de configuração cerebral, erros ocorrem -- e tanto podem ser pequenos, como grandes.
Tendo, portanto, sob controle os fatores de dispersão da atenção é possível resgatar a capacidade de se concentrar.